A Constituição Brasileira, promulgada em 05/10/1988, é uma lei anacrônica, esdrúxula, imprópria para uma carta-magna, remendada para atender interesses do Poder e repleta de benevolências, privilégios e direitos sem deveres, obrigações ou contrapartidas . Fomenta centralização da justiça no STF, insegurança jurídica, morosidade da justiça, estado policial , ausência de civismo, desigualdades, desarmonia nos Poderes, centralização dos impostos na União, desordem pública e insegurança social. Jorge Bengochea

sábado, 12 de outubro de 2013

ARTIGOS VIRARAM INCISOS PARA DIMINUIR A CARTA

FOLHA.COM 10/10/2013 - 03h29

Ex-ministro Nelson Jobim afirma que artigos viraram incisos para 'diminuir' a Carta


RICARDO MENDONÇA
DE SÃO PAULO

Em debate sobre os 25 anos da Constituição realizado anteontem naFolha, o ex-ministro Nelson Jobim descreveu uma solução curiosa adotada pelos constituintes para aplacar os comentaristas que, já em 1988, criticavam o tamanho do texto constitucional.

"Quando se falou que a Constituição era enorme, que tinha 500 artigos, o que fizemos? Transformamos os artigos em parágrafos. No artigo 5º, aqueles incisos todos e parágrafos eram textos autônomos. Aí se reduziu e isso satisfez os críticos", disse.

Jobim, que participou da elaboração da Carta como deputado pelo PMDB, lembrou que a Constituição nasceu grande porque teve muita participação popular, mas também porque, segundo ele, era mais fácil aprovar um texto constitucional do que uma lei.


Bruno Poletti/Folhapress

Nelson Jobim, Uirá Machado, Luís Roberto Barroso e Virgílio Afonso da Silva durante debate sobre os 25 anos da Constituição


"A lei precisa passar pela Câmara, Senado, pelo Executivo, veto e rejeição do veto", disse. "Era mais fácil aprovar o texto constitucional porque tinham duas votações em dois turnos num plenário só."

Em uma de suas intervenções, o ministro do STF Luís Roberto Barroso criticou o tamanho do texto constitucional, "prolixo, casuístico e corporativista", a quantidade de emendas --80 desde 1988-- e a "judicialização da política e das relações sociais".

Em relação ao tamanho e as 80 emendas, o constitucionalista Virgílio Afonso da Silva foi menos crítico. "Mudaram detalhes. Mas o cerne da Constituição continua o mesmo desde 1988", afirmou.

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